A quantidade de mortos é incerta, camadas
De tumbas sob novos túmulos. Lápides
Cuja eternidade é a pedra nos nomes
E as estrelas de David, o sol
Custa a penetrar para banhar o não-ser
Lápides lembram a Arca de Moisés
Mortos com séculos de morte às costas
Reclamam seu espaço sob o silêncio
As próprias árvores se ressentem da vida
As raízes atrapalham a ressurreição.
João Tomás Parreira, 2/2017
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