A propósito de sabonete líquido

A interessante estória que o meu amigo Jorge Oliveira publicou no seu “Canto” inspirou-me uma reflexão.

Dizia ele: “Sempre que noto que o sabonete líquido de lavar as mãos está prestes a terminar, acrescento um pouco de água, agito a embalagem e fica cheio com muita espuma. Sorrio, contente, por fazer render um pouco mais o sabonete líquido. Quando a minha mulher vai lavar as mãos e repara que acrescentei água ao sabonete líquido, deita imediatamente fora aquela mixórdia aguada e coloca um sabonete líquido novo.”

Quando as pessoas esgotam a essência de Deus, dentro de si, é mais fácil juntar a água do confortável, da lei do menos esforço. Só que as mãos já não ficam tão limpas. E vamos ter que juntar cada vez mais água, e lavar as mãos com cada vez maior quantidade daquela mistela… e as mãos continuam cada vez menos limpas.

É preferível então deitar tudo fora, lavar o recipiente, e voltar a encher com o líquido integral da presença de Deus. Mas dá trabalho. É necessário ir buscá-lo aonde ele está, embora não esteja longe.

Desculpa lá, ó Jorge, mas a tua mulher é que sabe…

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