Palavras perdidas (1361)

“A explicação para uma derrota tão acachapante é que o time jamais jogou bem na Copa, deu repetidos sinais de fragilidade técnica, táctica e emocional. A pressão descomunal de jogar uma Copa no Brasil foi claramente excessiva para uma equipa jovem e mal preparada. Tudo isso explodiu na semifinal com uma potência que ninguém esperava, claro. O imponderável contribuiu, mas os sinais de pânico já estavam lá.”

(Sérgio Rodrigues, escritor brasileiro, Público)

O regresso de Ulisses (inédito de J.T.Parreira)

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Regressa Ulisses

como proa do seu barco, corta

não as águas, mas o voluptuoso mistério

que passa pelo vento, ainda

que as sereias estejam longe

Ulisses está de pé, de costas

para Nausícaa, para o sol lento que soltava

ouro dos cabelos de Nausícaa

Outra mulher o espera

a fiar e a desfiar o tempo.

 

 

12-05-2014

© J.T.Parreira

 

 

De vitória em vitória até ao massacre final

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Se formos justos, a equipa canarinha neste mundial nunca chegou a demonstrar futebol suficiente para ir à final. Apenas dois ou três jogadores disfarçaram a pobreza do colectivo. Na fase de grupos foram empurrados pelas arbitragens, mas depois, já na fase do mata-mata, revelaram grandes dificuldades em passar as eliminatórias.  Ontem, contra uma boa equipa, foi o que se viu. Arrisco em dizê-lo antes do jogo desta noite, mas coisa semelhante parece passar-se com a  Argentina.  Logo veremos.